sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Case: Carlos Mendez


Carlos Mendez vinha fazendo uma brilhante carreira em uma indústria automobilística. Após cinco anos como Gerente do Departamento de Projetos Especiais, fora transferido como Gerente do Departamento de Ferramentaria pelos seus profundos conhecimentos em projetos de ferramental. Como se preocupava muito com o pessoal que tinha como subordinado, Carlos procurou conhecer melhor seus funcionários do novo Departamento. Analisou todas as fichas de registro e de avaliação do desempenho de seus supervisores e de todos os ferramenteiros. Primeiramente, reuniu-se pessoalmente com cada um dos supervisores para trocar ideias, conhecê-los melhor, saber seus problemas e suas ideias e sugestões. Procurou conhecer melhor o Supervisor Medeiros, da Seção de Manutenção de Ferramentas, cujo desempenho vem “caindo” ultimamente. Apenas achou que ele se queixara dos seus ferramenteiros: eram muito apáticos e não se interessavam muito pelo trabalho. Carlos achou melhor ele próprio estudar cada um dos ferramenteiros da Seção de Manutenção de Ferramentas. E neste mister, fez uma pausa na ficha de José Maria Hernadez, um dos ferramenteiros que estão abaixo da média nas avaliações de desempenho. Essa ficha chamou-lhe a atenção pois José Maria tem um bom curriculum vitae, colegial completo, bons resultados nos testes de seleção e nos cursos internos oferecidos pela empresa. Por isso Carlos pede para que José Maria venha à sua sala para uma pequena reunião. Após alguns minutos de conversa muito agradável, José Maria convida Carlos para ir à sua casa a fim de conhecer seu passatempo predileto, ao final do expediente. Lá, José Maria mostrou-lhe uma coleção de miniatura de carros de corrida que ele havia construído com o equipamento e maquinaria que tinha em sua casa. Carlos ficou impressionado com os requintes de cada peça a ponto de exclamar que eram as miniaturas mais perfeitas que já havia visto na sua vida. José Maria, muito orgulhoso fez questão de mostrar-lhe os projetos que futuramente iria construir. Neste momento, sua esposa trouxe-lhes uma bandeja de café e assegurou que quase todas as noites era muito difícil arrancar o marido de seu passatempo para que fosse dormir.
             No dia seguinte, Carlos procurou meditar sobre o acontecido. Como explicar o comportamento profissional de José Maria, quando notara quase que infantil pelo sue passatempo? 

O processo administrativo

“Administração é a arte de fazer coisas através de pessoas” 
Mary Parker Follet 

A Administração seja ela uma arte, uma ciência, ou ambas, é praticada o tempo todo no dia-a-dia. Sabe-se que a Administração obteve diversos enfoques e visões diferentes através do tempo, contudo, apesar dos diferentes tratamentos da Administração pelo tempo, ela permanece como forma de aprimorar os meios para atingir os melhores fins. Seja através da arte, da racionalização ou do uso de ambos, a Administração propõe o desenvolvimento da melhor forma de agir para obter os resultados esperados. 

Segundo Stoner (1999, p.4):
"A Administração é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos membros da organização e o uso de todos os outros recursos organizacionais para alcançar os objetivos estabelecidos." 

Chiavenato (2000) parece concordar com o conceito de Stoner quando diz que a Administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar objetivos. Chiavenato (2000, p. 5) ainda complementa o conceito de Administração dizendo que “[...] a tarefa básica da Administração é a de fazer as coisas por meio de pessoas de maneira eficiente e eficaz”. 

Processo de Administrar: 

PLANEJAR (Eficácia) --> ORGANIZAR (Eficiência) --> LIDERAR (Eficácia) --> CONTROLAR (Eficiência)

São idéias amplas que se complementam, mas para entendê-las é necessário compreender o significado dos conceitos usados em ambos: Eficiência, Eficácia, Planejar, Organizar, Liderar e Controlar. De fato um bom processo de administrar ocorre como descrito acima. 

Eficiência

Eficiência é relativa aos meios, como fazer as coisas da melhor maneira possível. Ser eficiente significa executar da melhor maneira possível, evitando desperdícios e maximizando a produtividade.

Segundo Stoner (1999) eficiência é a capacidade de minimizar o uso de recursos para alcançar os objetivos da organização, para Drucker (apud STONER, 1999, p. 136). eficiência é “fazer as coisas certo”.

Uma abordagem da eficiência como uma medida de desempenho é feita por Chiavenato (2000, p. 177) quando diz que: "[...] eficiência é uma relação técnica entre entradas e saídas, [...] é uma relação entre custos e benefícios, ou seja, uma relação entre os recursos aplicados e o resultado final obtido: é a razão entre o esforço e o resultado, entre a despesa e a receita, entre o custo e o benefício resultante."

Dessa forma pode-se medir o nível de eficiência da Administração avaliando a maneira como os processos estão sendo executados. É importante manter-se sempre eficiente evitando re-trabalhos e desperdício diversos para a manutenção de um bom Processo Administrativo.

Eficácia

Eficácia se relaciona aos fins, qual o objetivo correto a se perseguir. É mais importante que a eficiência, pois sem o direcionamento correto a melhor execução só levará a resultados desnecessários.

Em uma analogia simples, um processo muito eficiente e pouco eficaz seria como ter a uma indústria com a melhor produção de vodka em um local onde o consumo de bebidas alcoólicas é proibido.

Segundo Stoner (1999) eficácia é a capacidade de determinar objetivos apropriados, para Drucker (apud STONER, 1999, p. 136) eficácia é “fazer as coisas certas”.

Uma abordagem da eficácia como uma medida de desempenho é feita por Chiavenato (2000, p. 177) quando diz que: “[...] a eficácia de uma empresa refere-se à sua capacidade de satisfazer necessidades da sociedade por meio do suprimento de seus produtos (bens ou serviços)”.

Dessa forma deve-se medir o nível de eficácia da Administração determinando os melhores objetivos a se perseguir. É fundamental manter-se sempre eficaz, pois de nada adianta ter a melhor organização e produção se os bens ou serviços produzidos não atendem às necessidades ou desejos da sociedade. 

Planejar

Planejar é o primeiro passo do Processo de Administrar, é pensar antes de agir ou preparar as maneiras mais adequadas para a ação. Dessa forma objetiva-se o melhor caminho para se atingir os resultados esperados. 

Stoner (1999, p.5) diz que:
"Planejar significa que os administradores pensam antecipadamente em seus objetivos e ações, e que seus atos são baseados em algum método, plano ou lógica, e não em palpites. São os plano que dão à organização seus objetivos e que definem o melhor procedimento para alcançá-los." 

De forma semelhante, Chiavenato (2000, p.195) diz que:
"O Planejamento figura como a primeira função administrativa, por ser aquela que serve de base para as demais funções. O Planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente os objetivos que devem ser atingidos e como se deve fazer para alcançá-los." 

O ato de planejar envolve sensibilidade ao mercado e à missão da organização além de vários métodos e técnicas que tornam o planejamento realmente eficaz. Assim a organização deixa de agir unicamente de maneira intuitiva e passa a atuar de forma profissional e focada facilitando seu desenvolvimento e sustentabilidade.

Organizar 

Organizar é o segundo passo do Processo de Administrar, consiste em procurar a melhor forma para executar o que foi planejado. Nesse momento é importante a eficiência das operações.

Para Stoner (1999) organizar é o processo de arrumar e alocar o trabalho, a autoridade e os recursos entre os membros de uma organização, de modo que eles possam alcançar eficientemente os objetivos da mesma. 

Segundo Chiavenato (2000, p. 202) organizar consiste em:

"1. Determinar as atividades específicas necessárias ao alcance dos objetivos planejados (especialização).
2. Agrupar as atividades em uma estrutura lógica (departamentalização). 
3. Designar as atividades às específicas posições e pessoas (cargos e tarefas)."

Por isso, o processo de organizar exige racionalização do trabalho objetivando minimizar desperdícios e otimizar a produtividade para alcançar ótimos resultados. Organizar significa buscar a melhor maneira para agir. 

Liderar

Liderar é a função mais difícil de se definir, devido sua complexidade e variedade de conceitos. Esse trabalho não pretende fazer uma grande discussão sobre aos diferentes estilos de liderança e suas influências. Em poucas palavras, liderar é usar das habilidades técnicas, conceituais e principalmente humanas, para se construir junto às pessoas o resultado esperado.

Para Stoner (1999) liderar significa dirigir, influenciar e motivar os empregados a realizar tarefas essenciais.

Chiavenato (2000, p. 7) diz que: 

"Definido o planejamento e estabelecida a organização, resta fazer as coisas andarem e acontecerem. Este é o papel da direção (liderança): acionar e dinamizar a empresa. A direção (liderança) está relacionada com a ação, com o colocar-se em marcha, e tem muito a ver com as pessoas. Ela está relacionada diretamente com a atuação sobre os recursos humanos da empresa."

Por sua relação direta e constante com as pessoas, a habilidade mais preponderante na liderança é a habilidade pessoal. Saber se comunicar sem ruídos, ter sensibilidade e facilidade em se relacionar bem com as pessoas é imprescindível para que se possa construir e fazê-las construir os melhores resultados.

Controlar

Controlar é saber se o que foi planejado e organizado está dando os resultados esperados, é medir o sucesso ou insucesso de todo o processo administrativo. É fundamental o controle para garantir a eficiência e eficácia da Administração.

Stoner (1999) divida a função de controle em 4 elementos: (1) estabelecer padrões de desempenho; (2) medir o desempenho atual; (3) comparar esse desempenho com os padrões estabelecidos; e (4) caso sejam detectados desvios, executar ações corretivas.

Sobre a finalidade do Controle, Stoner (1999, p.7) diz que: “Através da função de controlar, o administrador mantém a organização no caminho escolhido”. De maneira semelhante, Chiavenato (2000) fala que a finalidade do controle é assegurar que os resultados do que foi planejado, organizado e dirigido se ajustem tanto quanto possível aos objetivos previamente estabelecidos.

Portanto, através do Controle é possível identificar se o processo está se desenvolvendo bem e melhorá-lo se possível ou se o processo está se desenvolvendo de maneira insatisfatória e propor ações corretivas ou novos direcionamentos para a Administração. É o Controle que garante os bons resultados e a melhoria contínua do Processo de Administrar.

Fonte: www.administradores.com.br

domingo, 8 de janeiro de 2012

Como montar um plano de negócios

Plano de negócios - simples e prático

Para desenvolver um plano de negócios é importante entender o que essa ferramenta de gestão significa. O plano de negócios é um documento utilizado para planejar um empreendimento ou unidade de negócios, em estágio inicial ou não, com o propósito de definir e delinear sua estratégia de atuação para o futuro. Trata-se ainda de um guia para a gestão estratégica de um negócio ou unidade empresarial.

O seu desenvolvimento fica mais claro quando se analisa o processo empreendedor. Como o plano de negócios é muito utilizado por empreendedores que estão estruturando a criação de novos negócios, pode ser entendido como um guia para o planejamento de novos negócios ou ainda para o planejamento de novas unidades empresariais, no caso de empresas já estabelecidas.



Mas, por que planejar? Ao responder a esta pergunta o empreendedor deveria pensar no plano de negócios como uma ferramenta de auxílio no processo de planejamento e não como uma obrigação. Só há razão de se planejar algo caso esteja claro para o empreendedor aonde se quer chegar, ou seja, qual é o seu objetivo.

Negócios criados sem planejamento são empresas conhecidas como “estilo de vida” nas quais os empreendedores não têm visão clara de crescimento e de como será a empresa daqui a 5, 10, 20 anos. Por isso, ao se estabelecer um objetivo de crescimento para um negócio, seja em relação à receita, lucro, número de clientes, participação de mercado etc., fica mais evidente a necessidade de se planejar cada passo que será dado para que o objetivo seja atingido.

O processo empreendedor resume essas etapas de maneira a facilitar o trabalho do empreendedor. Inicia-se com a ideia de negócio, que geralmente é o ponto de partida para qualquer empreendimento. Em seguida, analisa-se a oportunidade, ou seja, procura-se entender se a ideia que você teve tem potencial de viabilidade econômica, tem clientes em potencial no mercado para consumir um produto ou serviço decorrente dessa ideia. Com a oportunidade identificada parte-se para o desenvolvimento do plano de negócios. O plano de negócios concluído permitirá ao empreendedor identificar a quantidade necessária de recursos e as fontes existentes para financiar o empreendimento. Após estas etapas iniciais parte-se para a gestão da empresa. Note que o processo pode ser extremamente dinâmico e as etapas podem ser revistas a qualquer momento, de forma interativa. O importante é o empreendedor planejar o processo de estruturação do seu negócio desde a análise das ideias iniciais para saber se são oportunidades, para então selecionar a melhor oportunidade, desenvolver o plano de negócios e, assim, poder se dedicar à gestão da empresa.

Percebe-se, pela análise do processo empreendedor, que o plano de negócios pode e deve também ser utilizado após a constituição do negócio. Desta forma, caberá ao empreendedor revisar e atualizar seu plano de negócios periodicamente para garantir que a execução da estratégia de negócios ocorra de maneira adequada.

O prazo para essa revisão pode variar dependendo do tipo de negócio e do mercado no qual a empresa atua. O empreendedor deve ter em mente que o plano de negócios deve ser revisto assim que uma premissa importante utilizada nas projeções de seu plano mudar. Premissas importantes podem ser: variação na taxa de crescimento do mercado, entrada de novos concorrentes no mercado, mudança na legislação que afeta diretamente o seu negócio, revisão de uma parceria estratégica, conquista ou perda de clientes importantes (que representam percentual considerável do faturamento da empresa: 10, 20, 30%) etc.

Não há regra rígida ou metodologia única para se desenvolver um plano de negócios, mas um bom ponto de partida é você planejar as atividades que deverão ser desenvolvidas, incluindo tarefas, responsáveis, prazos e resultados almejados. Isso facilitará na obtenção do seu plano de negócios dentro de um prazo razoável de forma que você possa controlar as atividades. Dificilmente o plano de negócios será desenvolvido em uma única sequência de passos. É provável que muitas interações ocorram e que após algumas seções serem concluídas você julgue necessário revisá-las novamente quando algum tópico que se aplica a mais de uma seção tenha sido alterado. É importante que se tenha clareza do nível de detalhe que se busca para o plano e que se estabeleça um prazo para concluí-lo, caso contrário você nunca obterá uma versão final para o seu plano de negócios.

Uma possível sequência para o desenvolvimento de um plano de negócios é iniciada pela análise da oportunidade (seguindo o processo empreendedor) e em seguida passa-se para uma rigorosa análise do mercado, do público-alvo e dos concorrentes. A partir daí você poderá se dedicar a definir: a) o seu modelo de negócio (o que vender, o que é o negócio, como vender, para quem, a que preço, o plano de marketing…) e projeções iniciais de receita, b) investimentos iniciais necessários, c) necessidade de recursos humanos, d) projetar custos, despesas e receitas ao longo do tempo, e) fechar o modelo de negócio cruzando necessidade de recursos com resultados, f) criar os demonstrativos financeiros, g) fazer análises de viabilidade através de índices de retorno sobre investimento, rentabilidade, etc., h) revisão completa de todos os passos, i) concluir a redação do plano e fechamento do modelo.

Note que todos os passos indicados podem ser feitos sem você necessariamente se dedicar, logo de início, à escrita completa do plano de negócios. Os passos listados acima sugerem que você crie uma planilha eletrônica com várias pastas interligadas. Assim, quando uma determinada variável crítica do seu plano de negócios for alterada todas as pastas que dependerem desta variável serão automaticamente atualizadas. Exemplo: um vendedor típico de determinado negócio no interior da Bahia pode visitar 20 clientes por mês e tem uma taxa efetiva de venda de um kit padrão de produtos de 5 clientes diferentes ao mês. Assim, para cada vendedor contratado você terá em sua planilha, em média, cinco novas vendas/mês. Essa variável deveria influenciar custos com compras de matéria-prima, divulgação, contratação de pessoal, receita etc. Use esta mesma lógica para toda variável que julgar relevante em seu plano de negócios e assim o seu trabalho ficará mais efetivo.

Por: José Dornelas (autor do livro Plano de Negócios, seu guia definitivo)
Do seu blog: http://www.josedornelas.com.br

Procure analisar em detalhes a planilha do plano de negócios do Tourbr.com (que acompanha o livro Plano de negócios, seu guia definitivo e está disponívelgratuitamente na seção de download do blog) e então faça a sua própria planilha utilizando a do Tourbr.com como exemplo ou ponto de partida.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A Experiência de Hawthorne

Aconteceu na Western Electric Company, à partir de 1927, visando determinar qual a relação existente entre a intensidade da iluminação e a eficiência dos operários (produtividade).A Western Electric Company fabrica equipamentos e componentes telefônicos, e desenvolvia na época uma política de pessoal bastante voltada para o bem estar de seus funcionários. Em sua fábrica, situada no bairro de Hawthorne, em Chicago, havia um departamento de montagem de relês de telefone, composto basicamente por moças, que executavam um trabalho manual de montagem, dependendo intensamente de sua velocidade manual para a produção. Antes do início da pesquisa, a produção média era de cinco relês a cada seis minutos por pessoa. A direção da companhia não se preocupava em aumentar a produção, mas sim em conhecer um pouco mais sobre seus funcionários.Essa experiência aconteceu em três fases: 
1 Fase : Nessa fase, foram estudados dois grupos de trabalho, que operando em condições idênticas, tiveram sua produção constantemente avaliada. Um dos grupos teve suas condições ambientais de trabalho mantidas constantes, enquanto o outro teve sua iluminação intensificada, propositalmente. Para frustração dos pesquisadores (Mayo), ambos os grupos apresentaram variações semelhantes de produtividade, independente da intensidade da luz existente, levando os pesquisadores a verificação da existência de outras variáveis; descoberta do fator psicológico, preponderante sobre o fator fisiológico; 

2 Fase : Com a introdução de novas variáveis independentes (horários de descanso, lanches, reduções no período de trabalho, sistema de pagamento) buscava-se identificar aquela que mais se relacionava com a produtividade. Após diversas variações nas condições de trabalho, que resultaram em crescimento da produtividade, retornaram o trabalho às condições originais, e mesmo assim presenciando um crescimento na produtividade das pessoas; 

3 Fase : Programa de entrevistas buscando maiores conhecimentos sobre as atitudes e sentimentos do trabalhador, entrevistando 21.126 operários; revelação da existência da organização informal; por meio dessa organização informal, os operários se mantinham unidos com uma certa lealdade entre si ou para com a empresa; essa lealdade dividida entre o grupo e a companhia poderia trazer conflito, tensão, inquietação e provável descontentamento; 

4 Fase : Foi montado um grupo experimental, composto por nove operadores, nove soldadores e dois inspetores, que passaram a ser constantemente observados na sala de observações de montagens de terminais; a observação permitiu perceber as artimanhas utilizadas por esses operários para reduzir seu trabalho, de acordo com padrões que o próprio grupo considerava ideal; aqueles trabalhadores que não o fizessem eram punidos simbolicamente pelo grupo; nessa última fase da experiência, foi possível o estudo das relações entre a organização informal dos operários e a organização formal da fábrica.A experiência de Hawthorne durou de 1927 a 1932, quando foi encerrada por motivos não vinculados ao seu desenvolvimento. Entretanto, a influência de seus resultados sobre a teoria administrativa foi fundamental, abalando terrivelmente os princípios da Teoria Clássica então dominante. 


Conclusões da Experiência de Hawthorne 
A Experiência de Hawthorne permitiu o delineamento dos princípios básicos da Escola das Relações Humanas que veio a se formar logo em seguida, por meio de seus principais pesquisadores. Dentre as principais conclusões, podemos apresentar as seguintes: 
· Nível de produção é resultante da integração social 
· Comportamento social dos empregados 
· As recompensas e sanções sociais 
· Grupos informais 
· As relações humanas 
· A importância do conteúdo de cargo 
· Ênfase nos aspectos emocionais 

a) Nível de produção é resultante da integração social: é a capacidade social do trabalhador que estabelece seu nível de competência e eficiência, e não a sua capacidade de executar movimentos eficientes dentro de um tempo previamente estabelecido. Quanto mais integrado socialmente no grupo de trabalho, tanto maior será sua disposição para o trabalho 

b) Comportamento social dos empregados: os trabalhadores não agem ou reagem isoladamente como indivíduos, mas como membro de grupos. A Teoria Clássica não chegara a perceber que não são os trabalhadores que definem sua capacidade máxima de produção, mas sim os grupos com os quais ele interage. A qualquer desvio de comportamento pelo indivíduo, este será retaliado simbolicamente pelo grupo que participa 

c) As recompensas e sanções sociais: as pessoas passam a ser avaliadas pelos grupos que participam, de acordo com as normas de comportamento que o grupo cria para si. São tomadas como boas companheiras e colegas se o seu comportamento se ajusta a essas normas e padrões de comportamento e são avaliadas como péssimas colegas ou desleais se o seu comportamento transgride aquelas normas e padrões. Essas recompensas são simbólicas e não-materiais, porém influenciam decisivamente na motivação e na felicidade do trabalhador 

d) Grupos informais: a empresa passou a ser visualizada como uma organização social composta de diversos grupos sociais informais, cuja estrutura nem sempre coincide com a organização formal da empresa. Os grupos informais constituem a organização humana da empresa, muitas vezes em contraposição à organização formal estabelecida pela direção. Esses grupos informais definem suas regras de comportamento, suas formas de recompensas ou sanções sociais, seus objetivos, suas escalas de valores sociais, suas crenças e expectativas, que cada participante vai assimilando e integrando em suas atitudes e comportamento 

e) As relações humanas: para poder explicar e justificar o comportamento das pessoas na organização, a Teoria das Relações Humanas passou a estudar intensamente essas interações sociais surgidas dentro das organizações, em face do grande número de grupos e às interações necessariamente resultantes; é exatamente a compreensão da natureza dessas relações humanas que permite ao administrador melhores resultados de seus subordinados 

f) A importância do conteúdo de cargo: a maior especialização (e portanto maior fragmentação) do trabalho não é a forma mais eficiente de divisão do trabalho, pois não cria, necessariamente, a organização mais eficiente. Durante a experiência, percebeu-se que os operários mudavam de lugar várias vezes para variar a monotonia. Percebeu-se então que o conteúdo e a natureza do trabalho têm enorme influência sobre o moral do trabalhador 

g) Ênfase nos aspectos emocionais: os elementos emocionais não-planejados e mesmo irracionais do comportamento humano passam a merecer a atenção de quase todas as figuras da Teoria das Relações Humanas. Daí o fato de serem denominados sociólogos da organização, por alguns autores.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O que é coaching?

Coaching foi definido de muitas maneiras. A essência do coaching é:

Ajudar a pessoa a mudar na maneira que ela quer, ajudando-a a caminhar na direção que ela quer ir. O coaching apóia a pessoa em todos os níveis do processo de tornar-se quem ela quer ser e ser o melhor que ela pode.
O coaching leva a tomada de consciência
Potencializa escolhas e leva a mudanças.
Ele libera o potencial da pessoa para maximizar o desempenho.
O coaching, mais do que ensinar, ajuda às pessoas a aprender.
Tradicionalmente, o coaching tem sido associado com os esportes. Todo atleta de alto nível tem um coaching. Nos últimos anos, o coaching tornou-se aplicável a outras áreas, como negócios e outros aspectos da vida, bem como nos esportes. Agora está se tornando comum ter um coach para ajudar a atingir metas na vida e no trabalho.
Esta ampla aceitação do coaching pode ser conectada com a influência do livro de Timothy Gallwey, The inner game of tennis publicado em meados dos anos 70. Embora, Gallwey fos- se um coaching profissional de tênis, ele aplicou as idéias do coaching esportivo de uma maneira muito mais ampla e assim elas se tornaram universalmente relevantes. Ele manteve os melhores aspectos do coaching esportivo: ajudar a pessoa a conseguir o seu melhor desempenho de uma maneira não crítica. Tim Gallwey continuou a escrever outros livros sobre o jogo interno - onde os oponentes reais não são o competidor, mas nossas próprias limitações e fraquezas. O jogo interno é jogado para sobrepujar hábitos mentais que inibem o melhor desempenho.
O coaching é uma parceria entre o coach e o cliente.
O coaching ajuda o cliente a atingir o seu melhor e a produzir os resultados que ele quer na sua vida profissional e pessoal. Coaching assegura que o cliente possa dar o melhor de si, aprender e desenvolver-se da maneira que ele quer.
O coach não precisa ser um expert no campo de trabalho do cliente.

Case: Leite Moça

A receita do sucesso de Leite Moça


Produto tem história marcada por inovações no portfólio, nas embalagens e nas ações de relacionamento com os consumidores, que mantiveram-se como verdadeiros parceiros nos últimos 90 anos


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Ter uma presença constante na vida dos consumidores. Esse é, sem dúvida, um dos principais motivos do sucesso de Leite Moça, que em 2011 completou 90 anos. Para manter-se jovem durante tantas décadas e não perder o posto de líder de mercado, a marca aposta em renovações frequentes, seja no portfólio, nas embalagens ou no relacionamento com os consumidores.

No Brasil, Moça conta com as versões tradicional e light, além de outros 17 produtos em cinco categorias diferentes, incluindo panettones, biscoitos, chocolates, sorvetes e cereais matinais. O sucesso é tanto que, como resultado, a empresa mantém a marca de sete unidades vendidas por segundo.

Por aqui, Moça, literalmente, fez história. Quem já comeu um brigadeiro não pode provar o contrário. A origem do doce data de 1945, quando relatos indicam que a receita foi criada para arrecadar fundos para a campanha eleitoral do Brigadeiro Eduardo Gomes, candidato à presidência da República. O Brigadeiro perdeu a eleição, mas o doce, definitivamente, saiu vencedor.

Parceria com consumidores
Foi aproveitando as criações dos consumidores com o leite condensado que Moça construiu sua trajetória de sucesso. Já em 1950, as latas traziam textos que recomendavam o produto para o uso culinário. Em 1962, foi iniciada uma tradição preservada até hoje: a empresa começou a publicar receitas nos rótulos de Leite Moça, que passaram a encher os cadernos das donas de casa brasileiras.

O próprio nome Leite Moça é resultado de observações sobre o comportamento dos consumidores. Quando chegou ao país, o produto levava o nome em inglês, “Milkmaid”. Os brasileiros, no entanto, apelidaram de “leite da moça”, referindo-se à ilustração da camponesa na embalagem. Na década de 1930, quando já fabricava o leite condensado no Brasil, a Nestlé decidiu adotar o nome criado espontaneamente e o produto passou a se chamar Leite Moça.

De lá para cá, a marca se aproximou ainda mais do cotidiano dos consumidores. Uma das primeiras ações promocionais realizadas no país para promover o produto foi baseada na campanha “Você faz maravilhas com Leite Moça”, de 1980. Um dos desdobramentos premiava as melhores receitas, que foram estampadas na embalagem do leite condensado.

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Inovação e relacionamento
Em 1998, de olho na tendência que valorizava a preocupação com uma alimentação mais saudável, a empresa ampliou a linha e criou o Leite Moça com menos teor de gordura. Outro momento importante para a marca foi o relançamento da lata (foto), em 2004, que despertou a atenção dos consumidores nas gôndolas dos pontos de venda e ajudou a distanciar Moça da concorrência.

“Ao longo do tempo, a Nestlé se preocupou em manter a qualidade do produto na forma original e em trazer inovações. Hoje temos um mercado bastante diferente em relação ao passado. Muito mais pulverizado, com mais de 60 players. Manter-se líder ao longo desses anos é cada vez mais desafiador”, diz Fabiana Fairbanks, Gerente Executiva de Marketing da área de produtos lácteos da Nestlé, em entrevista ao Mundo do Marketing.
 
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Junto com a nova lata, a Nestlé inaugurou um canal de relacionamento exclusivo, o Fale com a Moça. A ação sazonal pretendia aproximar os consumidores da marca, dando consultoria culinária por telefone e e-mail. Com a experiência, novos serviços e pontos de contato foram criados. O mais recente é o site Moça, lançado em comemoração aos 90 anos, além dos perfis no Twitter e no Facebook e do aplicativo para iPhone (foto).

Reposicionamento de Moça Fiesta
A plataforma de aniversário também contou com o concurso O Melhor Brigadeiro do Brasil, iniciado em fevereiro, que elegeu a melhor receita do doce. O vencedor veio de Curitiba e rendeu à criadora um prêmio de R$ 90 mil, enquanto o segundo colocado ficou com R$ 9 mil e as 10 melhores receitas classificadas, R$ 900,00. Os principais finalistas também terão suas receitas estampadas nas embalagens de Leite Moça por dois meses, entre janeiro e fevereiro de 2012.

Outra iniciativa da marca aproveitando o aniversário de 90 anos foi o reposicionamento da linha Moça Fiesta, que agora recebe apenas o nome “Moça”. “Os produtos estavam posicionados mais especificamente para festas e, ao longo dos anos, percebemos que o hábito do consumidor mudou. Eles passaram a ser consumidos como solução de sobremesa rápida e não apenas em momentos especiais”, conta Fabiana.

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Além da mudança no layout das embalagens, a linha, que conta com as versões Brigadeiro e Beijinho, ganhou também mais um componente: o Moça Cremoso, para ser usado como cobertura ou recheio de sobremesas e frutas. “O objetivo foi trazer um novo produto para voltar a chamar a atenção dos consumidores para a linha, com o sabor de Leite Moça na versão original”, explica a executiva.

Aliada na cozinha
As variedades de produtos da marca atendem a um dos principais requisitos das consumidoras. As pesquisas constantes da Nestlé indicam que o maior atributo do Leite Moça são seus múltiplos usos, além da performance de qualidade. As ações de ponto de venda também seguem essas necessidades, com packs que premiam as clientes com brindes que sejam relacionados ao uso da marca, como um livro de receitas.

O grande desafio de Moça, agora, é adaptar a linguagem para a consumidora atual, com o tempo cada vez mais escasso. “Percebemos que as consumidoras precisam de soluções mais práticas. O objetivo é trazer ferramentas para que consigam ter tempo de se dedicar à família, fazer algo gostoso. A marca tem esse papel, de ser aliada da consumidora”, ressalta Fabiana

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Por Sylvia de Sá, do Mundo do Marketing | 09/12/2011

Case: Dove

Dove estimula autoestima feminina em suas atitudes
A Unilever traz novo significado ao conceito de beleza e investe na autoestima das mulheres com o Dove Self-Esteem Fund

Costumeiramente, as atitudes empresariais estão ligadas à marca corporativa. Primeiro, porque auxiliam no desenvolvimento da reputação institucional da organização. E, além disso, tangibilizam atributos de forma a contribuir para a elevação da percepção de valor também do seu portfolio de produtos e serviços. Não se trata, porém, de um dilema. É possível articular as duas estratégias, como fez a Unilever com o Dove Self-Esteem Fund. Ao mesmo tempo em que a companhia de bens de consumo trabalha intensamente sua marca-mãe – cujo índice de conhecimento subiu de 7% para 73% entre 2000 e 2009 somente no Brasil – há um simultâneo dispêndio de esforços sobre as marcas de produto.

Com o propósito de ressignificar o conceito de beleza e deslocá-lo de um eixo estereotipado rumo a uma visão mais abrangente, a marca Dove acredita que as mulheres podem desenvolver melhor seus potenciais a partir do momento em que se sentem livres sobre elas mesmas – o que inclui a aparência. Quanto maior a autoestima, melhores as condições, segundo o propósito da marca, para que as mulheres engajem-se de modo relevante em diversos contextos sociais.

O fundo divide-se em duas áreas de atuação. A primeira dedica-se a criar recursos gratuitos com o objetivo de empoderar mulheres e garotas a partir do conceito de “beleza real”. Dentre eles, figuram jogos, artigos de especialistas, atividades online e, inclusive, um programa voltado ao ambiente escolar. A segunda subdivisão da iniciativa direciona-se a auxiliar organizações que amplifiquem a causa defendida pela marca, como a National Eating Disorder Information Centre, no Canadá.

Sob a perspectiva do engajamento, a plataforma reúne especialistas nas áreas de autoestima, distúrbios alimentares, psicologia, educação e outras disciplinas que contribuem para o aporte de conhecimentos às ações. Desta forma, além de articular e influenciar seu ecossistema de públicos, a Dove agrega consistência e legitimidade às atitudes que conduz. Um board de conselheiros de variadas formações complementa e referenda as iniciativas da marca.

Projetos apoiados
Globalmente, a expectativa de pessoas beneficiadas pelo fundo era, em 2010, de cinco milhões. Além de ações no Canadá – um dos principais focos da atitude -, outros países também são influenciados por seus resultados. Nos Estados Unidos, um dos programas orienta-se a usar exercícios e materiais de apoio para incentivar a geração de autoconfiança em garotas com idades entre oito e 14 anos. Mais de 200 mil jovens foram beneficiadas no país, sobretudo junto a comunidades socialmente vulneráveis.

Outro material elaborado nos EUA foi o True You!, atividade que conecta mães e filhas com foco no ambiente doméstico. Com a meta de tornar mais fluentes as conversações em casa sobre autoestima e imagem do corpo, o recurso direciona-se a meninas com idade superior a oito anos. O sucesso do material gerou a necessidade de adaptá-lo para o contexto de outras nações. Nos EUA, 196 mil pessoas foram contempladas pela iniciativa.

O Reino Unido lidera, a partir do fundo, um programa educacional de 90 minutos – chamado Body Talk – que aborda jovens meninas entre 11 e 14 anos com a meta de incrementar suas relações entre sentimentos e aparência física. Mais de 160 mil pessoas foram envolvidas na ação.

Outro projeto destacável no Dove Self-Esteem Fund é realizado no Canadá. O Real Beauty School Program consiste em uma vivência para professores focada no desenvolvimento da autoimagem dos jovens, de maneira que possam enfrentar e lidar melhor com seus sentimentos e impressões acerca da aparência física. No país norte-americano, são desenvolvidos outros materiais para divulgação da causa, como vídeos virais, kits pedagógicos e atividades voltadas ao autoconhecimento e ao diálogo familiar.

Dada a abrangência global da atitude, outros países abrigam projetos semelhantes, tais como México, Austrália, Coreia do Sul, Áustria, Alemanha, Hungria, Brasil, Holanda, Itália e França. Quanto aos recursos, por tratar-se de um fundo, o projeto requer engajamento intenso de públicos externos, que proveem doações para a manutenção da atitude.

A causa
Em estudo patrocinado pelo fundo Dove nos Estados Unidos, alguns dados emergiram de forma a comprovar a relevância da causa contemplada pela atitude:
- 75% de garotas com baixa autoestima acabam por nutrir comportamentos negativos, como alimentação desbalanceada, bullying, alcoolismo, tabagismo, dentre outros;
- 61% admitem referirem-se a si mesmas de modo negativo;
- 25% praticam algum tipo de autoflagelo;
- 25% alimentam-se de forma desordenada.

Pontos fortes da atitude
1. Atitude a partir do produto: se na perspectiva da arquitetura de marca, o portfolio contribui para a construção da marca corporativa e ela endossa, por sua vez, suas submarcas, o mesmo passa com as atitudes. Neste caso, embora a Unilever trabalhe eficientemente sua marca-mãe, a atitude da Dove reforça a promessa corporativa e, ao mesmo tempo, confere consistência e amplia o universo de engajamento e significados inerentes a sua linha de produtos.

2. Comunidades: a abrangência do projeto contribui para o estreitamento, em dimensão global, das relações junto a comunidades de interesse para o negócio, de modo a contribuir para a consideração, identificação e valorização de particularidades locais.

3. Propósito claro e comunicável: o conceito criativo (beleza real) sintetiza de forma objetiva e inspiradora uma proposta de valor para endereçar uma causa que se alinha ao produto que a patrocina. Além disso, este propósito facilita a definição das mensagens de comunicação que reforçam a ideia e as atitudes praticadas pela marca.

Por Com:Atitude, do Mundo do Marketing | 02/05/2011

Livros e Filmes

Neste espaço, disponibilizo a indicação de alguns livros e filmes para o enriquecimento de conhecimentos voltados à Administração:


LIVROS:


Clima Sem Rodeios
Autor: Hasche, Marcia
Editora: Sinergia - Singular
Neste livro, essencialmente prático, a autora recomenda ações de fácil aplicabilidade para que o dia a dia de sua empresa tenha um melhor ambiente de trabalho, com empregados mais satisfeitos pessoal e profissionalmente. A consequência destas iniciativas implicará também numa melhor performasse financeira da organização.


O Monge e o Executivo - Uma História Sobre a Essência da Liderança
Autor: Hunter, James C.
Editora: Sextante / Gmt
Nesta história Leonard Hoffman, um famoso empresário que abandonou sua brilhante carreira para se tornar monge em um mosteiro beneditino, ensina de forma clara e agradável os princípios fundamentais dos verdadeiros líderes. 


A Cabeça de Steve Jobs
Autor: Kahney, Leander
Editora: Agir
É difícil acreditar que um homem revolucionou os computadores nos anos 1970 e 1980, o cinema de animação e a música digital nos anos 1990. Por outro lado, são lendárias as histórias de seus repentinos acessos de raiva, revelando o verdadeiro Steve Jobs. Então, o que há, realmente, dentro do cérebro de Steve? Segundo Leander Kahney, é um fascinante feixe de contradições.

A Arte da Guerra - Os Treze Capítulos OriginaisAutor: Sun Tzu
Editora: Jardim dos Livros
“A Arte da Guerra” é um dos clássicos mais influentes do pensamento oriental sobre estratégia. Esta é a edição completa que nos traz com excelência os ensinamentos do general chinês Sun Tzu através dos treze capítulos originais, que a cerca de 2500 anos influencia o mundo dos negócios.

O Jeito Disney de Encantar Os Clientes
Autor: Disney Institute
Editora: Saraiva
Este livro detalha as iniciativas por trás de toda a magia e mostra quais são os diferenciais da Disney, por meio dos métodos criativos e das práticas inovadoras, que se tornaram referência para todas as empresas que buscam a satisfação de seus clientes...

FILMES:

Tempos Modernos (link para donwload)
O diabo veste Prada
Em busca da felicidade
A última fortaleza (esse é ótimo p/ liderança)
Antes de partir
A classe operária é o paraíso
Uma verdade inconveniente
A meta
A fuga das galinhas (animação)
Decisões extremas
Wall Street 2 - O dinheiro nunca dorme
A corrente do bem
Rede social
Ameaça virtual
Desafiando gigantes
Coração Valente
Jerry Maguirre
Desafiando os limites
Sociedade dos poetas mortos
A Marcha dos pinguins (link para download)

Libere seu potencial Empreendedor !

A habilidade de dar vida aos próprios projetos, tirando-os do papel e transformando-os em novos produtos, processos ou serviços, é atualmente uma das qualidades mais valorizadas pelo mercado.

As empresas querem, mais do nunca, saber quem são os funcionários, em todos os níveis, que têm a veia empreendedora à flor da pele. Esse movimento é percebido nas organizações mais tradicionais, como a fabricante de máquinas agrícolas Caterpillar, de Piracicaba, em São Paulo, e vem sendo aprimorado até no Google, cuja sede no Brasil fica na capital paulista. “Quanto mais pessoas você tiver com espírito empreendedor, se sentindo donas do negócio, mais bem posicionada a companhia estará no futuro”, diz Luiz Carlos Calil, presidente da Caterpillar, a primeira colocada no Guia VOCÊ S/A-EXAME – As Melhores Empresas para Você Trabalhar 2009. A Caterpillar teve, no ano passado, mais de 35 000 ideias vindas de funcionários — entre revisões de expedientes na fábrica, melhorias de processos e novas formas de expedição de produtos. Há quatro anos, a empresa fomenta a sede empreendedora entre seus 4530 funcionários no Brasil.

A busca pelo empreendedor corporativo, ou intraempreendedor, aquele que empreende dentro da companhia em que trabalha, acontece pela maior necessidade de inovar e se diferenciar num mercado global cada vez mais competitivo. “Nos próximos cinco anos, três em cada cinco empresas terão o core business, sua atividade principal, alterado”, diz Romeo Busarello, diretor de marketing da construtora Tecnisa e professor da disciplina de marketing no Insper, antigo Ibmec São Paulo. E é justamente o profissional com perfil empreendedor que inicia a companhia em novos projetos e nichos de atuação, dando perenidade ao negócio. As empresas líderes em seus respectivos mercados já se deram conta disso e são elas as mais interessadas em identificar os intraempreendedores. “Empreender é praticamente uma condição para virar um funcionário do Google”, diz Alex Dias, presidente da empresa no Brasil. “É fácil identificar esse perfil, pelo constante questionamento, personalidade inquieta e energia empenhada nos projetos. Procuramos também indícios ao longo da carreira dos candidatos, seja empreendendo por conta própria, seja liderando projetos dentro ou fora da empresa.” Assim como o Google, mais empresas de ponta têm direcionado seus executivos de RH e recrutadores para identificar, já na contratação, profissionais hábeis em combinar ideias com a capacidade de execução — duas habilidades comuns aos empreendedores. “A busca por profissionais com esse perfil tem sido uma constante, dos estagiários aos executivos”, diz Sofia Esteves, sócia-diretora do Grupo DMRH, consultoria que atende clientes como Unilever, Nivea, Whirlpool, Siemens e Natura. Na prática, o que conta na hora da entrevista de emprego são as situações em que o profissional foi capaz de quebrar regras, quão crítico e questionador ele é, quanto de risco é capaz de correr e que impactos teve nos ambientes por onde passou. “As atitudes tomadas no dia a dia, em diferentes contextos, dão o tom e mostram se a pessoa tem ou não a competência para empreender”, diz Sofia Esteves. A cervejaria AmBev é outro exemplo de empresa que fomenta a cultura empreendedora, de dono do negócio como se diz lá dentro, entre os funcionários novos e antigos.

A companhia investe pesadamente em treinamentos para desenvolver o potencial analítico de seus intraempreendedores, pois é a habilidade para a análise que diminui a margem de erro nas novas incursões. “Além disso, o profissional com perfil empreendedor e inovador aproveita melhor o conteúdo dos nossos treinamentos no dia a dia”, diz o diretor de gente e gestão, Olivier Paul Marie Lambrecht. Um dos fatores que explica o melhor rendimento dos empreendedores corporativos — e conta muito a favor do profissional — se deve ao fato de ele ver o acionista como um parceiro investidor, e não alguém que simplesmente paga o seu salário. “O intraempreendedor utiliza os recursos do acionista como se fossem dele”, diz Luiz Carlos, da Caterpillar.

Ideias na lata do lixo

Apesar de todo o discurso de inovação e reinvenção dos negócios, a maioria das empresas vive em contradição. Se por um lado elas querem empreendedores, por outro não conseguem lidar bem com eles. “O empreendedor dentro da companhia incomoda, porque questiona, quebra regras, critica modelos tradicionais e, muitas vezes, gera conflitos políticos”, diz o professor Marcos Hashimoto, consultor e coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper. Via de regra, o mundo corporativo é cheio de burocracias, normas, hierarquias. E a pressão por resultados faz com que as empresas, principalmente as grandes corporações e as que têm capital negociado em bolsa, sejam avessas ao risco e menos tolerantes ao erro. “Quando um profissional é punido porque arriscou e se deu mal, seus pares pensarão duas vezes antes de empreender novamente”, diz Eduardo Bom Ângelo, presidente da corretora de seguros Lazam- MDS, de São Paulo, e autor do livro Empreendedor Corporativo (Editora Negócio).

Visão de longo alcance

Outro obstáculo para a disseminação de uma cultura corporativa empreendedora é a falta de preparo da liderança. No grupo de companhias que não sabem administrar o desconforto causado pela atitude do intraempreendedor, a cena mais habitual de se ver é o funcionário animado, explicando uma nova ideia ao chefe, e o gestor disparando argumentos para engavetar a iniciativa. “É muito comum ver boas propostas serem descartadas. Isso acontece pela falta de um processo estruturado e integrado para desenvolver novos projetos e pela insegurança do gestor. Sempre digo que, nesses lugares, a maioria das ideias morre na sala do chefe”, diz o consultor inglês Rowan Gibson, autor de Inovação: Prioridade Número 1 (Editora Campus/Elsevier), que propõe a inovação contínua como a única forma de sobrevivência dos negócios e da carreira. Rowan dá três dicas para evitar que você ouça um “não” do chefe já na primeira abordagem:

1. Questione as premissas da sua proposta. Qual é o conjunto de suposições que você está assumindo para afirmar que determinada iniciativa tem potencial? Se a análise for consistente, suas chances com o chefe serão maiores.
2. Muna-se de informação quantitativa que valide suas premissas e ajudem a decidir se a empresa entra ou não no projeto.
3. Tenha em mãos uma expectativa de retorno do investimento. Ainda que você não seja um expert em finanças, vale consultar seu colega do marketing. “Os melhores executivos acreditam no potencial empreendedor da equipe porque não se sentem ameaçados por ela.

Mas é difícil garantir que no dia a dia os intraempreendedores sobreviverão nas estruturas corporativas”, diz Sofia Esteves. Não à toa, um estudo realizado pelo professor Marcos Hashimoto, com base nas respostas de mais de 140 000 funcionários que participaram do Guia VOCÊ S/A-EXAME – As Melhores Empresas para Você Trabalhar de 2008, mostra que o potencial empreendedor é elevado nos profissionais com pouco tempo na organização e naqueles com mais tempo de casa. A explicação: os mais novos não incorporaram os vícios da companhia e os mais velhos são pagos para pensar em novas estratégias, negócios e produtos. “O desafio é manter a capacidade de empreender no mesmo patamar ao longo da hierarquia”, diz Marcos Hashimoto. Mais do que reinventar a roda, desenvolver e libertar seu potencial empreendedor significa olhar criticamente para produtos, processos e regras. Esqueça a ideia de que intraempreendedorismo tem a ver com o que se convencionou chamar de “inovação desruptiva”, termo criado por Clayton Christensen, professor da universidade americana Harvard, em 1995, como sendo a inovação tecnológica que cria paradigmas completamente novos. Isso é conversa para gênios. Empreender é estar sempre de olho em oportunidades, ter ideias, conseguir planejá-las e executá-las, mesmo que inspirando e mobilizando outros profissionais. Isso vale para grandes projetos que visam a resultados expressivos, mas também para mudanças em processos rotineiros. “A capacidade de fazer uma ideia ganhar vida mesmo sem verba é uma das características mais valorizadas nos intraempreendedores”, diz Marcos Hashimoto.

 Conhecimento para inovar

O perfil da sua empresa

Trabalhar em um ambiente que estimule de verdade atitudes empreendedoras facilita na hora de criar coisas novas e de transformá-las em bons resultados no trabalho. Uma empresa que é verdadeiramente empreendedora:

- Reconhece e valoriza as boas iniciativas.
- Estimula a tomada de decisão, a delegação e a autonomia.
- Estimula a diversidade nas equipes.
- Tolera mais os erros.
- É flexível com normas internas que podem impedir projetos inovadores.
- Facilita o fluxo de informações e o uso da criatividade.
- Não valoriza tanto a hierarquia. Estimula e apoia a tomada de risco.
- Tem líderes receptivos a novas ideias.

Mãos à obra

Quando percebeu que o trabalho da sua área não era conhecido e por isso seu pessoal passava boa parte do tempo apagando incêndios, a diretora de impostos da General Electric (GE), Letícia Torres, de 30 anos, teve a ideia de montar uma programação de cursos para toda a companhia. Os temas jurídicos e tributários com os quais o departamento dela trabalhava eram o foco dos treinamentos. Ela não é advogada e tampouco tem experiência em RH, mas foi capaz de extrapolar os limites da sua função para melhorar o trabalho por lá. Vendeu a ideia ao time e ao chefe e contou com a ajuda deles para estruturar o programa. Tudo isso sem nenhuma verba extra.

Empatia para empreender

Quanto mais hierarquizado e conservador for o ambiente da sua empresa, mais difíceis serão as chances de conseguir “pensar fora da caixa”. Nem por isso é hora de desistir. Claro que isso requer mais jogo de cintura e uma disposição maior para assumir riscos, o que por sua vez pressupõe autoconfiança, um ingrediente fundamental de todo empreendedor corporativo. “Há momentos em que é preciso ser um pouco rebelde e quebrar regras mesmo em ambientes mais rígidos, ou você corre o risco de sempre apresentar resultados medianos”, diz Romeo Busarello, executivo da Tecnisa e professor do Insper. Isso não significa sair por aí botando fogo no código de conduta da companhia. Toda empresa possui regras e políticas próprias, muitas vezes veladas. Procure ler o ambiente e seguir na linha, para conseguir sutilmente driblar algumas regras. Sempre de forma ética, claro. Saber gerenciar a frustração e manter a motivação em alta é outro ponto crucial.

Essa é uma das principais dificuldades de quem quer empreender na empresa, porque a maioria das ideias não será levada adiante, e é importante não desanimar por causa disso. “De cada dez ideias que apresento, emplaco apenas três. E isso é normal”, diz Romeo Busarello. Identificar um bom momento para apresentar sua iniciativa também é um aspecto vital. Se a empresa estiver às vésperas de abrir capital ou fechar um grande negócio, por exemplo, guarde suas ideias para uma hora mais apropriada. Agora, para aumentar as chances da sua iniciativa ir pra frente, como observa o consultor Rowan Gibson, é preciso o mínimo de organização e embasamento. Quando Mauro Bentes Castella, de 31 anos, gerente de TI da corretora de seguros Lazam-MDS, de São Paulo, percebeu que, mais do que renovar os computadores da empresa, poderia reduzir o espaço ocupado pelas máquinas e economizar energia, não teve dúvidas. Buscou um parceiro externo, apresentou sua proposta e passaram a desenhar o projeto de uma CPU (unidade que armazena os dados no computador) 90% menor do que a usual e 73% mais econômica no consumo de energia. Depois de fazer todos os cálculos e negociar parcerias, apresentou o projeto para o chefe e recebeu rapidamente carta branca para implementá-lo.

Teste suas ideias

Antes de vender uma ideia é preciso conferir alguns pontos, para não desperdiçar oportunidades, nem prejudicar sua imagem. Veja algumas perguntas às quais precisa responder antes de apresentar um projeto:

- As limitações à sua implementação são controláveis e contornáveis?
- Atende a necessidades e expectativas relevantes do cliente (pode ser a empresa)?
- Haveria outras formas de atender a essa demanda? Quais?
- Há como monitorar seus resultados?
- Qual é o período para implantação e geração de resultados?
- Quais são os eventuais riscos?
- As áreas envolvidas serão parceiras?

Se o ambiente da sua empresa não dá mesmo espaço para você desenvolver sua capacidade empreendedora, talvez a saída, no médio prazo, seja deixar a companhia — se isso de fato o incomoda. O impulso para empreender deve ser cada vez mais valorizado daqui pra frente. Isso por causa das mudanças que vêm ocorrendo no mercado de trabalho nas últimas décadas. Saímos de uma economia industrial, que no Brasil vigorou até o final da década de 70, para uma economia de serviços.

 Na contramão

Essa mudança dá ao profissional maior possibilidade de negociar o seu capital intelectual, dentro ou fora da empresa. Nas últimas décadas, as empresas também estão aposentando seus profissionais mais cedo. Análise feita pelo professor André Fischer, da Fundação Instituto de Administração, de São Paulo, a partir do banco de empresas registrado no Caged, cadastro do Ministério do Trabalho, mostra que as companhias estão desligando seus profissionais mais experientes aos 55 anos. A idade média nas corporações brasileiras também vem caindo, e atualmente é de pouco mais de 40 anos. Portanto, desenvolver seu potencial empreendedor será sua melhor alternativa para aumentar a empregabilidade agora e garantir maior longevidade para a sua carreira no futuro.

Visão de longo alcance

Gustavo Diament, 38 anos, VP de marketing da Nextel
Dono de uma personalidade inquieta e questionadora, Gustavo Diament gosta de percorrer caminhos menos usuais. Criado em Higienópolis, bairro de classe média alta de São Paulo, cursou engenharia de alimentos em Viçosa, cidade mineira de 70 000 habitantes, a 600 quilômetros de São Paulo. De volta a São Paulo, iniciou sua carreira na Unilever. Ali, deu os primeiros sinais de seu potencial empreendedor. Na época, ele propôs a criação de produtos para cabelos escuros. Pode parecer comum, mas ninguém tinha apostado nisso até então. Como argumento, usou uma pesquisa que mostrava a demanda pelos produtos. A linha foi criada e foi um sucesso. Quando saiu da Unilever, em 2000, passou rapidamente pelo portal de internet AOL e foi recrutado, em 2004, pela Diageo, fabricante de bebidas. De novo foi contra a corrente para convencer os chefes a investir numa campanha mais arrojada para o rum, que tinha um modelo de negócio mais conservador. “Cansei de ouvir ‘não’, mas por acreditar na ideia me sentia ainda mais estimulado.” Depois de um ano, veio a autorização para seguir em frente. O produto ganhou mercado rapidamente e passou a ser prioridade de investimento em 15 países. Há três meses, ele trocou o posto de VP de marketing para a categoria rum na Diageo em Londres, para assumir o marketing da Nextel em São Paulo. O que faz dele um intraempreendedor? A capacidade de visualizar cenários futuros e descobrir formas diferentes de atingir resultados.

Conhecimento para inovar

Letícia Torres, 30 anos, diretora de impostos da GE 
A administradora de empresas Letícia Torres tem algumas características que definem um bom empreendedor: senso de oportunidade, iniciativa e perseverança. Em 2006, depois de seis anos na Procter&Gamble, ela foi contratada como gerente de impostos na General Electric (GE) — Letícia fez boa parte da carreira na área tributária. Seu objetivo é reduzir o peso dos impostos nos contratos da GE. Mas, quando ingressou na empresa, ela rapidamente notou que poucas áreas sabiam de seu trabalho. Como efeito, muitos acordos eram fechados sem que Letícia e sua equipe fossem consultadas. Em outras palavras, quando ela entrava em jogo era para apagar incêndios. Como boa empreendedora, ela viu na adversidade uma oportunidade e começou a desenhar, em 2007, com o time e o chefe um programa de 20 cursos sobre processos tributários, direcionados a profissionais de diversos departamentos da GE. “Os programas similares no mercado eram pouco práticos. Além disso, precisávamos de algo que tornasse nosso trabalho mais conhecido dentro da corporação”, diz. Sem recurso extra, ela cuidou da elaboração da grade de disciplinas, da preparação das aulas e estratégia de divulgação. Em seis meses os treinamentos saíram do papel, já receberam 370 participações e têm servido de modelo para outras unidades da GE no mundo. Em julho, Letícia recebeu um prêmio internacional da GE pela ideia.

Empatia para empreender

Mauro Bentes Castella, 31 anos, gerente de TI da Lazam-MDS 
Eduardo Bom Ângelo, presidente da corretora de seguros Lazam- MDS, costuma dizer que o tecnólogo Mauro Bentes tem cabeça de dono — uma das características de um empreendedor corporativo. Há dois anos, Mauro observou que os computadores da empresa precisavam ser trocados, pois estavam obsoletos e tornavam as estações de trabalho desconfortáveis. Ele propôs o desenvolvimento de um computador pequeno, econômico e potente. Mauro projetou e negociou o preço com um parceiro e apresentou o projeto aos chefes. Este mês, a Lazam recebe 270 máquinas cuja CPU é 90% menor do que a convencional. Os novos computadores são mais silenciosos, emitem menos calor e vão reduzir 73% do consumo de energia por ano.

domingo, 1 de janeiro de 2012

O que é um estudo de caso?


     Um estudo de caso é a descrição de uma situação de gerenciamento. A análise de um estudo de caso em administração pode ser entendido como o equivalente em negócios da “segunda opinião” médica.
         Na medicina, um indivíduo pode procurar um médico por causa de alguma preocupação percebida de como o corpo, ou a mente, está operando. Geralmente o médico compila informações preliminares sobre o problema, o que se chama de histórico do caso. O histórico do caso é uma combinação das respostas do paciente a certas questões sobre os seus sintomas ao longo do tempo (“Quando você começou a ter dores de cabeça?”), histórico geral (“Alguém na sua família é diabético?”), e de circunstâncias de vida (“Quantas horas você trabalha por semana?”). Adicionalmente, outros dados gerais e relacionados ao problema sobre o estado do paciente, são coletados durante o exame. Por exemplo, um desses conjuntos de dados, que é rotineiramente coletado, é chamado de “sinais vitais”, e consiste da verificação de pulso, pressão sangüínea e respiração.

A partir deste histórico do caso, o médico procura obter um diagnóstico ou informações do problema do paciente sugerindo o que pode tê-lo causado. Depois um tratamento é especificado, que é um curso de ação indicado para remover ou ao menos abrandar o problema diagnosticado.

Quando as preocupações do paciente e o diagnóstico do médico estão em conflito, ou quando o tratamento indicado envolve risco, uma segunda opinião pode ser procurada. Então, um novo médico consultado revisa o histórico do caso, o diagnóstico e plano de tratamento do primeiro clínico. O paciente freqüentemente pede dados adicionais gerados por novos exames para repensar o problema e a solução proposta. Um curso de ação (cirurgia, por exemplo), ou, ás vezes, nenhum curso de ação é recomendado.

Quando usado no estudo de uma situação administrativa, o estudo de caso oferece ao estudante e ao consultor um legítimo veículo de aprendizagem, além de uma útil ferramenta de pesquisa para o aluno. O “paciente”, no caso da administração, é freqüentemente um ator fictício que formalmente chamamos de corporação, entretanto, uma simples divisão, departamento, ou gerente na organização pode ser o foco do caso.

As preocupações percebidas pelos indivíduos envolvidos em um caso administrativo são tão variadas quanto as que direcionam um paciente á um médico. Contudo, diferente da analogia médica, elas também incluem, especialmente, estudos adicionais quanto a excelência da saúde administrativa nos aspectos mais problemáticos. E, também diferentemente da analogia médica, o consultor mais freqüentemente procura a organização do que a organização procura um redator de caso.

COMO UM CASO É ESCRITO?

A construção de um estudo de caso administrativo é extremamente similar ao histórico de um caso médico. Geralmente, extensas entrevistas são conduzidas com a gerência sobre as circunstâncias e seu comportamento. Também, indicadores (índices e medidas) de importância sobre o assunto em investigação são freqüentemente coletados como no histórico de caso médico. No mundo administrativo estas medidas freqüentemente incluem os “sinais vitais” das finanças, marketing, ou medidas de eficiência de produtividade, dependendo da natureza do problema em consideração. Medidas gerais do histórico da saúde e status da organização, assim como um exame de seu ambiente competitivo também são construídos ou revisados.

O correspondente nos negócios ao médico é o preparador do caso (geralmente um consultor). Ele freqüentemente passa 100 ou mais horas de trabalho coletando informações sobre a companhia e sua situação, reduzindo-os a um relatório de fatos essenciais, e apresentando-os de maneira a a) ilustrar alguns aspectos da situação mais do que outros, e b) encorajar “segundas opiniões” sobre as questões enfrentadas pela organização.

Diferente do clínico, que idealmente não dever ter tendências pré - formadas ou objetivos que espera que um paciente satisfará, o redator de caso terá um claro conjunto de objetivos em mente antes de abordar a organização. Se o objetivo da coleta de dados é conseguir que os estudantes considerem as complexidades de como uma organização redimensiona sua logística de distribuição durante um período de crescimento, então uma empresa que tenha tido esta experiência recentemente é procurada.

O estudo de caso incorpora o conhecimento prévio do redator sobre quais assuntos fundamentais compõem a situação de gerenciamento enfrentada. Em muitos aspectos, a preparação de casos na medicina e nos negócios é uma história de detetive, aonde o redator empenha-se em ver e reconstruir os assuntos nas entrelinhas dos assuntos. Entretanto, nem o estudo de caso (administrativo), nem o histórico do caso (médico) são instrumentos de busca de conhecimento e pesquisa objetivos. São instrumentos subjetivos, com um alvo específico, geralmente de maior valor para aquele fato.

PORQUE AS ORGANIZAÇÕES COOPERAM?

As organizações geralmente percebem várias vantagens em cooperar com um investigador no desenvolvimento de um estudo de caso. A primeira é a possibilidade de uma análise especializada e privada de um assunto atual por um redator de casos profissional que já viu outras empresas e outros gerentes em circunstâncias similares de alguma forma. A segunda é que a maioria dos gerentes sente-se em débito com o processo de educação gerencial que os preparou para lidar de maneira bem sucedida com sua tarefa profissional. Freqüentemente estão desejosos de retribuir, contribuindo com novas questões e experiências para melhorar o processo educacional. Mais importante, é um oportunidade da gerência de observar estudantes brilhantes e bem preparados engajar-se em uma discussão sobre sua indústria, organização, e alguns assuntos atuais, que freqüentemente fornecem uma rica gama de novas idéias e perspectivas para os gerentes.

QUEM DÁ A “SEGUNDA OPINIÃO”?

O estudante, e aqui está o poder da aprendizagem através da experiência. Com um segundo médico consultado, os estudantes vêem um caso “montado” por alguém. Eles devem revisar os fatos relevantes, analisa-los e chegar a alguma conclusão sobre o problema e sua causa (freqüentemente diferente dos diagnósticos implícitos do redator de caso e de gerentes sobre os fatos idênticos), e recomendar algum tratamento. Também como na medicina, os casos mais poderosos e interessantes são aqueles que permitem múltiplas análises das mesmas evidências para levar a várias hipóteses de problema igualmente plausíveis e válidas, cada uma com implicações diferentes.

Entretanto, diferente do exercício médico, existem importantes diferenças:

1. Um caso administrativo não é examinado por um único indivíduo checando o trabalho de outro isoladamente, mas por uma comunidade de 50/100 outros estudantes. Cada estudante investiu individualmente duas ou quatro horas (ou mais) analisando as evidências, diagnosticando o problema e pensando alternativas de solução. Cada um provavelmente descobriu algum aspecto das evidências que os outros passaram por cima, e cada um provavelmente leu pedaços de informações de maneira ligeiramente diferente. Ainda, cada estudante construiu seu plano de ação pessoal e vem preparado para defendê-lo.

2. Porque os casos administrativos são dissecados por uma comunidade de “aprendedores”, não só a qualidade das análises mas também poder de persuasão na apresentação entram na arena de discussão como fatores com os quais se conta. Esperteza e até brilhantismo não expostos, ou apresentados pobremente não necessariamente irão dominar mediocridade apresentada com genialidade persuasiva. Porque? Por que assim é que mundo é, uma interação de grupo onde, às vezes, volume pode dominar veracidade. Esta é uma lição importante para trabalhar com, e às vezes, entre grupos.

3. O estudante individual colocado nesta comunidade de “aprendedores” não é um apenas receptor estático de verdades da boca de um sábio. Ao contrário, ele é um participante intimamente envolvido (por causa da preparação e da exposição em grupo preparada por seus pares) que, falando ou não, deve repensar dinamicamente a validade de sua análise individuaL continuamente á medida que a discussão de grupo se desdobra. Desta forma, e diferente de muitas maneiras de aprendizagem, o estudante passa muito tempo pensando durante a discussão do caso por causa do envolvimento com seu próprio ponto de vista, o qual está implícito mas constantemente desafiado por diferentes construções do grupo de fatos idênticos revistos durante a preparação individual. O entendimento do assunto freqüentemente se forma pela defesa publica da visão de alguém ou pelo abandono desta visão á medida que o grupo se move em alguma direção não apoiada pela análise individual.

4. Um líder para mediar a discussão deve estar presente neste arranjo e tem um papel sutil mas poderoso. Como parte de seu papel, o líder deve combinar contribuições individuais tornando o produto de uma discussão de grupo melhor do que, em algumas vezes, a soma das análises individuais. Os psicólogos da Gestalt entendem bem este fenômeno quando escrevem em seu estudo das ilusões visuais que “o todo é diferente da soma das partes”

O QUE FAZ O LÍDER DE DISCUSSÃO?

O líder de discussão serve como um coletor e organizador das análises de grupo que emergem da forma fragmentada tão característica das interações verbais. Ele, essencialmente, pode fazer o produto da discussão parecer tão bom como o processo, organizando e direcionando seu fluxo. Uma parte muito importante desta organização é o registro do progresso e idéias do grupo na frente de todos os participantes.

O líder de grupo pode tomar um papel mais intervencionista na sala de aula, servindo para apontar os conflitos críticos em assuntos do caso e inclusive agindo como advogado do diabo quando nenhum outro participante estiver inclinado á fazê-lo. O propósito de desafiar contribuições individuais, quer venha dos pares ou do líder de discussão, é de fazer o contribuinte atingir o máximo de sua capacidade de pensamento, de criar a dificuldade que vem com os desafios, e de forçar os estudantes a lutar com assuntos mais sutis do caso.

Um bom líder de discussão, muito freqüentemente, não só leva os estudantes ao diagnóstico, mas além para a ação. Ela lembra aos estudantes que o brilhantismo analítico expresso com eficácia persuasiva é totalmente inútil a menos que alguém faça algo como resultado disso. Entretanto, ele também encoraja e instiga os estudantes sobre que futuras análises e testes podem ser necessários para subsidiar a ação correta, e não aceita recomendações sem o suporte de análises válidas. Finalmente, quando se decide por um plano de ação, o líder de discussão foca questões quanto ao sucesso na implementação do plano. Nenhuma análise de caso está completa sem determinar medidas para monitorar as ações recomendadas.

O QUE ACONTECE QUANDO ISSO FUNCIONA?

É requerido esforço mais intenso, dos estudantes e do instrutor, para o aprendizado de caso do que para qualquer outra forma de instrução conhecida. Apesar do instrutor poder se sentir desconfortável sobre sua incapacidade de controlar que contribuições poderão ser feitas na sala de aula, o poder de aprendizado de casos é fantástico. O autor, do artigo manifesta sua permanente surpresa em verificar o quanto estudantes mudam no curto tempo de seu primeiro ano na Harvard Business School onde o método de estudo de casos é muito utilizado. “Quando eles começam, atacam os problemas com energia bruta, cega e não direcionada que muito freqüentemente não os leva á lugar algum. Mas após um curto período de constante exposição a casos, os estudantes lidam com o mesmo conjunto de problemas ambíguos de uma maneira focada e segura que leva a ações firmes e informadas em se comparadas com a confusão e inconsistência dos fatos disponíveis”.

As razões para tais mudanças drásticas obtidas através do método de aprendizagem de caso, quando outros professores diariamente fazem tristes piadas sobre a capacidade de seus estudantes de reter o mais elementar dos conceitos, parecem incluir o seguinte:

1. O estudante é forçado, pela exposição a problemas basicamente insolúveis, sem resposta certa, a formular sua própria abordagem pessoal e profissional para formulação e definição de problemas Outros métodos de aprendizado ensinam alguns conjuntos de respostas aprovadas e mandam os estudantes a procura de problemas que se apliquem a elas. O método de caso ensina estudantes a aprenderem por eles mesmos o que os problemas são e como definir as questões.

2. A exposição repetitiva a estes problemas ambíguos tem um memorável efeito de construção de confiança naqueles que eventualmente devem lidar com problemas similares em gerenciamento. O que os psicólogos chamam de tolerância à ambigüidade é cultuado diretamente pelo aprendizado de caso. O professor deve encorajar os estudantes constantemente a voltar-se para ações específicas apesar das informações incompletas, circunstâncias incertas e problemas obscuros. Apesar de algumas vezes isto provocar ações prematuras, como modelo é muito mais consistente com o modo como o “mundo real” funciona, do que a insistência em informações completas ou certeza inatingíveis.

3. A experiência do problema no método de caso precede a estrutura criada para resolvê-lo. Isto está em contradição como os métodos de aprendizagem tradicionais, onde alguém (por exemplo, um Linnaeus[2] que nomeia todas as plantas e animais) faz o trabalho de fornecer uma útil taxonomia na qual estudantes são solicitados a partilhar suas experiências. Este modelo assume que a experiência está presente e somente requer a adição de categorização inteligente para produzir discernimento. O método de caso advoga, ao menos parcialmente, a noção de lançar estudantes a um canto da floresta com um bloco de papel para ver com o que eles saem do outro lado. Onde há um negócio Linnaeus, os professores de métodos de estudo de caso provavelmente votariam em não deixar os estudantes saber muito á respeito de suas idéias antes de aprenderem mais sobre problemas administrativos. Só então propiciariam algumas “bengalas de experiência” nos quais apoiar os conceitos, não antes.

COMO UM ESTUDANTE PREPARA UM CASO?

Para o estudante, a preparação de caso é um assunto pessoal de desenvolvimento de um estilo totalmente individualista e íntimo de solução de problemas. Casos são problemas semi estruturados, e habilidades de definição de problemas são o “produto” principal de exposições repetidas a estes instrumentos de aprendizado. Entretanto, muito embora não exista uma fórmula para preparação de casos, a maioria dos estudantes parece utilizar uma seqüência comum que inclui:

1. Leitura rápida do caso, quase que por alto, para selecionar os assuntos principais e obter noção de sua estrutura. Um dos mais importantes objetivos desta leitura rápida é obter uma noção de quem é o protagonista do caso e qual é sua situação. Por exemplo uma grande recomendação para demitir o vice-presidente de Marketing não faz sentido se o ator do caso cujo estudante está aconselhando é um gerente de produto júnior.

2. Releitura cuidadosa do caso, anotando, destacando e distinguindo informações importantes, omissões e questões levantadas pela leitura.

3. Decisão de quais são as reais questões de ação. Este caso é realmente sobre precificação, ou precificação, como uma questão importante, é sintomática de um algum outro assunto mais profundo de gerenciamento que precisa de exame e resolução?

4. Decisão de que questões analíticas vão subsidiar o assunto sobre o qual as ações precisam ser tomadas. Os dados neste caso podem ser trabalhados para gerar contribuições para cada produto na linha? Por que as despesas de venda parecem ser tão desproporcionais se comparadas com os números da concorrência? O que está influenciando o gerente de produto que insiste que sua pequena empresa não somente pode como deve competir com os japoneses?

5. Resposta a essas questões analíticas, usando os dados disponíveis no caso e desenvolvendo suposições claras e bem sustentadas sobre informações ausentes mas necessárias. “Se me tivessem me dado pelo menos às margens de lucro, eu saberia o que está acontecendo. Bem, na página 21 consta que as margens de lucro em segmentos correlatos são por volta de 23%, então talvez...”

6. Decisão de um curso de ação a partir da análise, e consideração e rejeição explícita de cursos alternativos plausíveis em função da análise.

7. Desenvolvimento de um plano através do qual a ação desejada possa ser obtida ou implementada na organização, com as pessoas ou em outros fatores encontrados nesta situação.

8. Teste informal do plano e da análise em um pequeno grupo antes colocá-lo contra as análises dos outros. Desta forma, a qualidade da análise e o impacto da ação proposta podem ser checados informalmente, sem os riscos que uma apresentação em frente de muitos outros pode implicar. Mais importante, desta forma os estudantes podem aprender através dos padrões de pensamento e de definição de problemas de outros para melhorar seu próprio modo de pensar.

COMO UM PROFESSOR PREPARA UM CASO?

Para o professor, todos os passos de uma boa análise de estudante devem ser também realizados. O método de caso é uma maneira de aprendizado onde aqueles que não podem executar também não podem ensinar! Adicionalmente, não há necessidade de manter qualquer plano secreto de ensino escondido dos estudantes, porque um professor bem preparado sabe que a “dispersão” na discussão está muito mais sob controle dos estudantes do que dele mesmo. Entretanto, depois de fazer uma análise de estudante completa o trabalho de verdade de preparação de caso começa:

1. Quais são os assuntos principais que o caso pretende ilustrar?
2. Aonde no curso (série de casos) vem este caso? Como pode ser relacionado a outros casos já analisados ou ainda por vir?
3. Quais são os principais temas (por exemplo, a importância do cliente e da análise competitivas no marketing) com os quais o curso lida? Como deve reforçar estes temas com o caso em questão?
4. Em que ordem os assuntos do caso devem ser levantados?
5. Como a informação analítica dos casos deve ser colocada nos quadro negros? Como meu “plano de quadro” se parece?
6. Que erros, becos sem saída analítico, armadilhas e outros “pega ratões” o caso leva aos estudantes? Que lições podem ser aprendidas pelos estudantes ao cair neles?
7. Qual dos alunos poderia aprender o máximo e de quem a turma inteira poderia aprender o máximo, se fosse concedido a um aluno os primeiros 10-20 minutos para abrir o caso apresentando uma análise detalhada? Uma abertura é a maneira correta para começar a discussão?
8. Eu me preparei o suficiente, ou eu tenho confiança para abandonar meus planos e aprender um pouco se novos tópicos ou ângulos que eu não pensei surgirem?
9. Comentários breves são apropriados no fim deste caso? Quais seriam eles?

QUEM DECIDE O QUE VAI SER APRENDIDO?

Tanto os estudantes quanto o professor decidem o que vai ser aprendido.
Entretanto, as duas listas de questões de preparação apresentadas contém uma poderosa contradição interna no que diz respeito a ensinar e aprender. É impossível planejar para uma discussão controlada por outros, organizar os quadros e trazer assuntos à tona em uma ordem desejada quando estes assuntos estão parcialmente em controle dos estudantes assim como do professor. O bom professor de caso, contudo, convive quase bem com a esquizofrenia, nunca falhando em planejar o caso a medida que ele desejar que se desenvolva, e nunca deixando de, pelo menos parcialmente, abandonar estes planos pelo realismo e excitação de uma discussão envolvente.
Em contrapartida, o bom aluno de caso, analisa cada problema como se ele fosse o ator do caso. Ele se esforça para encontrar uma construção apropriada do problema e então investe um esforço enorme em analisar os dados quantitativos e qualitativos para obter um conjunto útil de recomendações de ação. Mas, apesar de todo seu investimento, ele é constantemente lembrado de que os problemas são ambíguos e que as idéias de outros estudantes podem ser tão ou mais valiosas do que a sua própria. No melhor sentido da palavra, ele deve permanecer pronto para ser um “cozinheiro de idéias”, constantemente misturando o melhor de si mesmo com o melhor do pensamento dos outros para obter uma melhor compreensão do problema e dos seus requerimentos analíticos.

O QUE FAZ O APRENDIZADO DE CASO TÃO EFETIVO?

Tanto para os estudantes quanto para o professor, o aprendizado de caso requer navegar por um canal muito estreito entre as rochas de controle exagerado e os bancos de areia da ambigüidade. A promessa do método de caso, para aqueles que trilham seus cursos desta maneira cuidadosa, não é de produzir um excelente administrador. Mais sim, o estudante, com a ajuda do líder de discussão, irá ao longo do tempo ele mesmo produzir transformações e incorporar as diferenças em vez de ser ensinado sobre elas. No método de caso os pássaros aprendem a voar, com outras técnicas, freqüentemente são dadas passagens aéreas.